setembro 21, 2009

Não me suporte

Hipocrisia mensurar o que é comportamento ético ou emocional. O limite da tolerância é ganhar ou perder, disse o menino Robson, na barraca da praça. E já era tarde. Vou lá vez em quando, depois que fecha o bar. Por lá, ninguém conversa comigo. Mas vende-se cerveja e cigarros.
No geral, homens fingem melhor o bom humor. E a intuição feminina acaba por atravessar inadvertidamente o que não tem conserto. Buh.. nada disso. A imprevisibilidade das mulheres é o grande barato - dialoga com a tolerância como um céu de litoral. E é grátis.
Bertolt Brecth dizia: a vida é assim! Dizia sobre as relações de opressão.
Falemos da tolerância comum. Que minha tarde maldita de domingo fez pensar a bastanza about. Motoristas de finde serão para sempre seres disgusting (não que os outros sejam exatamente melhores). Mas a inabilidade, lerdeza, imprecisão e estupidez desses seres eventuais tiram qualquer pessoa do normal. Se fosse só isso..
O que seria um estado normal? Pra quem não tem carro e dialoga com outras misérias.. Outra investigação. Uma mácula grudou e fiquei mals, asmática, como de praxe rola quando a situação não me permite nada mais que pensamentos imperfeitos.
Qual o entendimento da intolerância?
Do racionalismo burro, que nos comanda e determina, à beira do abismo, pode ser menos que um passo. Pro meu interlocutor quase psi, a incursão cotidiana e o prosaico do todo fazem ligar o off.
Desligado, fica difícil, mano..
A indignação torna-se elástica. Na política, por exemplo (melhor não comentar atas do senadinho e etcs). Diante das estatísticas policiais, idem. As revelações do IBGE, falamos depois.
Traz um terço muçulmano nas mãos, cabelos grisalhos, moleton, sem pose. São Francisco é um ícone, mas anseia um terreiro de candomblé. O ceticismo é errante, da manipulação ao envenenamento gostoso que o dinheiro permite.
Como costurar esses cosmos eletrocutados?
Meu ego, sua ambição, a cordilheira, nosso grande amor? Será possível um encontro coletivo consciente? No.
As experiências de travessia são particulares, cada uma com seu pertencimento diferente. Beligerâncias não tardam.
A indústria do holocausto está aí pro debate. E sempre há de aparecer um louco pra dizer que não é bem assim. Não fui lá. Se for, me matam no primeiro minuto. Eu, pretensa tolerante.
E viva a putaria, o imaginário ocidental. Quem é tolerante com quem?
Que construção cultural vai determinar uma atitude harmônica se vivemos num estado de conflito que é a própria essência da modernidade sem noção?
O ego predomina sobre o self. A tentativa de inserção no mundo primitivo e mítico resta perdida.
Conflito e morte, mezzo traduzidos no cinema e na literatura. A intolerância em todas as suas formas faz bilheteria e crítica.

Um comentário:

  1. acho que é isso aí, a tolerância é medida através do que vc pode perder ou ganhar. eu vou a fundo em algo que posso ganhar ou sei desistir se vejo que a coisa não é bem assim.
    mas sempre me lembro que um dia me falaram, "dê um passo para trás para dar dois firmes à frente".

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hum..