abril 24, 2010

Tinto seco


malbec, cabernet, merlot
si si, este!
escritores queridos e promessas literárias empilhadinhos, largados pelas metades. espreitam no silêncio de chuva, quietos faz semanas. não arrisco olhar pras estantes. pra que ter ideias nesse quando?
ter idéias é pensamento recorrente que atormenta quem trabalha muito, os mezzo inteligentes, viajantes e pretensiosos em geral. patinamos.
fim das contas, escapam delícias e delicadezas, fogem os encontros poéticos e o olhar migra do tecido social esgarçado pro umbigo.
deixa a madrugada ter pernas e descompromissos.
as leituras de trabalho, no e longe dele, dizem de vírgulas e conjugações. a proximidade cotidiana com a língua faz mais dúvida que certeza.
o vinho desintoxica, amolece amortece, compassa o padrão ansioso, subverte trânsito, contas, eleição, mal humor e amorzinhos imaginários.
incomodam os versos perdidos, a estrela na testa, falta de educação e de sensibilidade, gentes injustiçadas e sofridas nas faixas de gaza por aí.
o sujeito diz na tv que o brasil não teve inquisição porque a economia corria o risco de ser desestruturada. queimados em fogueira, no máximo uns vinte cidadãos levados à portugal.
a pizza estava lá, no século 17.
degredados, somos todos.
malbec, tinto seco e macio..
cabernet, tto seco profundo, aromático..
merlot, tto frutado, sedoso..
pinot noir. não tinha no supermercado.

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hum..