O Cheiro do Ralo ficou martelando na cabeça desde aquele dia e quis ver de novo. Já tinha amado antes. Mas, ficaram nuanças mal resolvidas.. e, course, não tive sossego.
O roteiro de 2007, do Marçal Aquino e do Heitor Dhalia, é muiiiito sacado. O desconforto bolorento tá insinuado no ritmo, a coisificação tornada normal na vidinha do sujeito solitário e incerto, na miséria das relações, no absurdo necessário. Necessário?
O Selton é um príncipe na construção da personagem, na desestrutura vacilante, fragilidade nonsense. Nem vilãozinho nem heroizinho banal. Adorável.
Os cenários gigantes parecem palcos. Nada mais angustiante e revelador que os passos da pessoa sem perspectiva e a repetição asmática no meio do concreto.. precisa que nem a trilha sonora quase histriônica.
Fragilidade e merda num compasso destrutivo e divertido.
Guardadas as diferenças..