Mas o tempo prossegue em sua tarefa destruidora; e como recuperá-lo?
Em Busca do Tempo Perdido não é propriamente o retrato da sociedade francesa do fim do século XIX, nem a análise mais acurada do amor e dos sentimentos a ele relacionados, e sim a luta do espírito, da atividade criadora, contra o tempo, diante da impossibilidade de se encontrar na vida real um ponto fixo de referência ao qual o nosso eu possa se prender.
Fernando Py - Prefácio de Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
julho 28, 2013
julho 26, 2013
Lincoln
não foi culpa de quem se ele foi embora
antes de realizar os seus sonhos mais caros.
os órfãos que deixou não se preocupam
com a sua partida.
eu sinto tantos pedaços na minha alma
lacunas que vão continuar buracos.
ando muito sensível
antes de realizar os seus sonhos mais caros.
os órfãos que deixou não se preocupam
com a sua partida.
eu sinto tantos pedaços na minha alma
lacunas que vão continuar buracos.
ando muito sensível
março 27, 2013
Doença terminal
Pessoas
doentes assolam o noticiário. O país virou um descalabro sem controle!
Os
parlamentares que nos representam sofrem processos variados, são símbolo de
discriminação, formação de quadrilha, estelionato etc.. e alardeiam em bom e
alto som a sua idoneidade.
Pra um país
que vai sediar dois grandes eventos internacionais... como caminham e qual obras
sem problemas, sem desvios, sem descaso... segurança pública, hello? Tá
desqualificado!
Se os
tribunais fazem mesuras pra esse caso econômico, aquele assassino pontual ou o estelionatário
branco ou... (pôrra! as cortes supremas), a nau está sem rumo de fato e sem
controle.
É muita gente
sem identidade e sem informação nesse país de fronteiras éticas tênues.
O
crime passional e delirante ganha o noticiário. A carnificina no trânsito é audiência.
O crime econômico aparece como migalha.O extermínio nas periferias, capitaneado
pelas polícias locais. A mídia, como sempre e eternamente, faz modelito
divulgação do que interessa.
Execução,
polícia detonando índios, polícia federal na operação x, bikes e afins...
A maldade faz
parte de qual script? Faz sentido pra quem?
Esse povo nem
aí pra dignidade - especialmente senadores, deputados, governadores, prefeitos
e afins eleitos que nos representam – diz o quê?
Porque o povo
é estúpido! E a estrutura é escravista!
Todos precisam
dias melhores! (quem e se merece, é outra conversa.)
fevereiro 21, 2013
Bicho estranho, esse tal de 'coletivo'
O
‘coletivo’, essa comunidade que defende interesses comuns das pessoas que fazem parte dele, sejam eles - os interesses, bem entendido - de orientação ideológica, social ou estética, quase sempre
arquiteta o seu objetivo em atividades que têm pouco ou nenhum retorno
econômico pessoal.
Serão
gentes afins de causar?
‘Eu
tenho um projeto..’
Pressuposto:
nós, coletivo, pensamento plural. Desapego.
Pensa
a minha pessoa que, fundamentadas nas lacunas históricas que escravizam e tiram
a voz dos indivíduos, as ações desses ‘coletivos’ sinalizam possibilidades
outras de entendimento e de reação ao status de imobilidade imposto pela
sociedade contemporânea megalomaníaca.
Se
somos 7 milhões, num chute asmático, serão 4 milhões de excluídos e desinformados.
Se não mais.
As
iniciativas na contramão do modelo político e econômico vigente, por meio da
inclusão social e de ações educativas – em um confronto direto com a ditadura do
mercado, da desinformação e do lugar comum –, são a mola que propulsiona e
alimenta esse movimento.
Juntar-se
aos que compartilham princípios, num ‘coletivo’, é uma opção pessoal de
reflexão, de evoluir do pensar para o realizar, com a qualidade particular de
não ser determinado pela norma vigente e excludente.
São
organizações pra fazer diferença diante do modelo canibalista que te atropela
na esquina.
fevereiro 12, 2013
Teve
um cortejo de rua – o Lira da Vila –,
marchinhas e bons amigos. Despretensiosa, não queria cerveja, arghhhh. Como não
tinha vinho, tomei catuaba selvagem. Com gelo, bem entendido. Das 20 horas às quase
5 da manhã. Teve bão!
Resultado:
sono dos mortos e uma ressaca que consumiu o domingo em modorras sem quê nem
porquê. Pizza.
Vingança:
uma compra no Zaffari para o cartão
de crédito reclamar mês que vem. Missiones
de Rengo e outras dilicinhas.
Mas
bateu uma vontade insuportável de reclamar.
Não.
Não assisti ao noticiário. No máximo uma leitura transversal na internet: Bento
XVI, camarotes e vaidades, gentes e mais gentes falando da vida privada, com
acento nessa ou naquela opinião. É isso! A vida privada ocupa todos os
espaços-espectros. Como aqui, agora.
Minha
tese resta adormecida na mesa de trabalho. Hoje não passei de duas dúzias de
páginas do Garranchos. Ainda bem que
teve reprise do Laerte no Roda Viva...
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