julho 27, 2011

surto 1


Lê o livro do cara, o ritmo é bom.. Mas faltou qualquer coisa pra pegar o lápis e marcar. O Nunca vai embora, do Chico Mattoso (amores expressos), em Cuba.. Sem opinião formada.
Ou não vou dizer. Not now.
Já o Houellebecq, francês desqueridinho do povo por aí.. me assaltou. Plataforma desdenha da miséria com alguma elegância, despojado e sem blá-blá-b.
Vixe! Preciso ler mais contemporâneos. Meio sem veia pra argumentar. Desde que uma pessoa abandonou estantes cheias de livros na minha casa nova, ando meio surtada.

julho 12, 2011

amarelo lua



amarelo patético, amarelo lua madrugada de inverno.
insidiosa, sem cheiro e sem textura de se tocar. aura só. linda, linda e brilhante na fumaça paralisante.
e o medo sempre, deixando as pessoas amarelas, patéticas. sabotagem, pois.
me trancar no novo apartamento será uma boa ideia. cercada de livros e livros, não é pouco.

de novo, o autor francês, Houellebecq: "Deve estar acontecendo alguma coisa que faz os ocidentais não conseguirem mais trepar, uma coisa talvez ligada ao narcisismo, ao sentimento de individualidade, ao culto da performance, pouco importa. Na verdade, a partir dos vinte e tantos anos as pessoas têm dificuldade para encontrar novos parceiros sexuais, e apesar de continuarem sentindo as mesmas necessidades, elas só acabam muito lentamente. Assim, normalmente passam trinta anos, quase a totalidade da sua idade adulta, num estado permanente de carência."

será o medo a comunhão humana perfeita?

nada mais natural duas pessoas se conhecerem, se encantarem. sem tempo, com vinho, risadas, sono, café..
o seu olhar me disse.